Desde pequeno aprendi a gostar de futebol, era muito menino mas, me lembro um pouquinho da copa 1986, minha mãe conta que eu queria “picotar” a bandeira do Brasil após a derrota para a França de Platini, ou será que fiz isso em 90 depois do gol de Caniggia ? Sei lá ... faz muito tempo ... só sei que esses jogos, junto com a derrota do meu Corinthians para o Palmeiras no paulista de 1993, são os primeiros registros futebolísticos que carrego na memória.
Junto com o futebol, naquele tempo passei a ter outra paixão. Como sou da geração anterior ao “PAY PER VIEW”, o RÁDIO era a única forma de saber o que estava acontecendo nos “PACAEMBÚS” e “MORUMBIS” da vida.
Virei um ouvinte assíduo, um fã incondicional de Rádio Bandeirantes, Rádio Record, Rádio Globo, Jovem Pan... Acompanhava todas as transmissões esportivas e tinha até a minha “seleção” de narradores e comentaristas favoritos entre os profissionais que trabalhavam nessas emissoras.
Digo tudo isso para contar que hoje, exatamente hoje, dia 18 de Julho de 2010, depois de vários anos viajando pelas estradas do Brasil cantando e tocando no meu ofício como músico, depois de minhas primeiras experiências como radialista, que comecei a ter a partir de 2008, fiz parte pela primeira vez de uma transmissão esportiva de futebol no rádio.
O leitor mais atento com certeza dirá que em 2008 já havia ouvido minha voz nos jogos de futebol transmitidos pela BAND FM, ou seja, essa não seria a minha primeira vez como disse agora a pouco. Mas confesso que naquela época estava muito mais “verde” e descobrindo todo o universo e mágia que envolve o mundo do rádio. Por isso não considero aquelas experiências como "primeira vez", aquele ANDRÉ RUBIO, não era bem o ANDRÉ RUBIO... se é que me entendem, era tudo novidade e em virtude do medo de "falar algo errado" estava naturalmente travado. Por isso digo que a verdadeira estréia foi a de hoje.
Em 2008 fiz apenas o plantão esportivo, (aquele cara que fica do estúdio falando os gols de outros jogos e soltando as vinhetas). Era muito legal, mas nada comparado ao que vivi hoje.
O jogo no Leônidas Camarinha foi muito feio, os times não tinham nem a metade da categoria daqueles que cresci ouvindo, mas a emoção de estar pela primeira vez fazendo as reportagens e dando os meus pitacos a beira do gramado foi muito grande.
Confesso que pensei que teria mais dificuldades, mas depois das primeiras entradas já estava bem à vontade, e tudo fluiu naturalmente.
Agradeço a Cláudio Antoniolli pelo convite. E parabenizo a toda a equipe BAN BAN BAN, pela transmissão.
Se agora tenho mais uma profissão, como estão me dizendo na rua, sinceramente não sei.O que posso dizer é estou muito feliz, pois mais uma vez o destino “arruma um jeito” de me dar um pouquinho de dinheiro (e daí ?) para fazer algo que sempre gostei desde pequeno. Realmente não tem preço trabalharmos com algo que amamos, aliás disso não posso reclamar, pois sempre fui privilegiado. O pouco que tenho veio assim, fazendo o que amo.
Mais um motivo para agradecer aquele que nunca me abandonou e sempre me iluminou em todos os momentos, sejam eles bons ou ruins ...
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