quinta-feira, 27 de maio de 2010

O RENASCER DA ÁGUIA


A águia possui a maior longevidade de todas as aves, podendo chegar aos setenta anos.

Aos quarenta anos, ela se torna uma ave experiente, porém suas unhas atingem um comprimento bastante grande, tornando-se flexíveis e inadequadas para agarrarem suas presas. Seu bico desenvolve uma curva muito, muito fechada, dificultando sua alimentação.

Suas penas envelhecidas se tornam pesadas e voar não é mais uma tarefa fácil. Ao atingir essa etapa, só restam à águia duas alternativas: entregar-se à situação e aguardar a morte ou se dispor a enfrentar um longo e doloroso ritual de renovação, que poderá lhe proporcionar cerca de mais trinta anos de vida.

Caso esteja disposta a lutar, a ave terá que reunir forças e voar para o alto de uma montanha, escolhendo um local seguro onde permanecerá por aproximadamente 150 dias. Começa o duro ritual de transformação: a águia terá que bater seu bico contra as pedras até que este caia.

O próximo passo é aguardar pacientemente até nascer outro. Usando seu novo bico, ela terá que arrancar suas velhas unhas. Quando as novas começam a nascer, as penas é que são retiradas, uma a uma. Segue-se um período solitário de espera até que nasçam outras.

A falta de penugem a faz sentir o frio da noite e o calor do dia queima sua fina pele. Mas a águia continua firme, pois sabe que a situação é passageira. Só depois de renovada toda a plumagem é que ela poderá dar seu tão esperado vôo para uma nova vida.

Muitas vezes nos sentimos fracos, sem condições de continuar, achando que nossa vida chegou ao fim. Porém ao analisarmos a vida da águia, vemos que ainda há muito pela frente, mas que, para alcançarmos o que há mais além, é necessário estarmos dispostos a abrir mão das coisas velhas, desprender-se do passado e olhar para frente com olhos decididos a vencer.
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