BEIJO NA BOCA, o Tubo de ensaio...

Hoje o papo é outro, à hora é de nostalgia. Recebi em meu orkut uma foto que me fez por um instante lembrar muita coisa.

Olhando pra cara desses sete meninos da foto dava pra notar de primeira uma alegria contagiante e uma amizade que nascia e perduraria por muito tempo.

Não sei precisar a data da foto, mas com certeza ela foi batida entre 1999 e 2001, que foi o período de existência do grupo BEIJO NA BOCA.

Como foi legal esse período em que todos nós tocávamos pelo simples prazer de tocar, de subir num palco, de ser reconhecido e admirado por algo que fazíamos juntos, foi nessa época que “resolvemos” ser artistas.

Éramos malucos por grupos como NEGRITUDE JR., MOLEJO, ART POPULAR e todos que no fim dos anos 90 surgiram em massa.

Confesso que até hoje não sei quanto custava um show do BEIJO NA BOCA naquela época, afinal cachê era o que menos importava, o legal era as viagens, as nossas roupas, o jeito que as pessoas olhavam e “respeitavam” a gente, e o nosso sonho.

Na foto pela ordem da esquerda para a direita em pé estão: Marinho, Eu, Barrão e Silvinho.Agachados Paulinho, Cacá e Juninho.

Tinha também uma galera que era parceira nossa, e que sempre tirava um som junto ou simplesmente acompanhava na palma da mão.

Leandrinho, Pardal, o Pelézinho (que depois virou JUNYNHO), Luis César (batizado por Pelézinho como “homem sem expressão”).

Tinha também o Marcelo, o Dú e o Jé, o “parente” ADÉLCIO (que foi o homem que inventou a expressão PRIMO) sem falar do grande CELSINHO de VILA VINTÉM o “REI DA CAFTA” e do Maestro VICENTE (que inventou o GANZÁ no SAMBA), e mais uma porção de gente boa que conhecemos naquela época em função do som que fazíamos.

Nossos pagodes de domingo à tarde em frente ao ALGO MAIS, prenunciavam o que estava por vir em nossas vidas, especialmente nos domingos.

Éramos garotos felizes, afinal fazíamos o que gostávamos e da maneira que gostávamos, e ainda tinha uma galera que apostava e acreditava na gente. Sem interesse algum.

Muita coisa boa me vem à lembrança. E é impressionante como muitas coisas podem acontecer em tão pouco tempo.

Ficaria por muito tempo escrevendo aqui sobre as histórias dessa época, em que o que mais importava era nossa amizade.

Aliás, prometo contar algumas aqui dessa época logo logo, claro que com a permissão de seus personagens....

Como diria um grande filósofo: “TEMPO BOM... NÃO VOLTA MAIS, SAUDADE DE OUTROS TEMPOS IGUAIS”.

Muito Obrigado BEIJO NA BOCA !!!!