segunda-feira, 19 de outubro de 2009

EMPRESÁRIO. TER OU NÃO TER , EIS A QUESTÃO.

É possível viver de música?

Essa pergunta persegue inúmeros músicos aflitos com suas carreiras principiantes.

E como um empresário pode ajudar no desenrolar deste caminho??

Achar alguém com um violão, cantando na noite, faz parte do cardápio de atrações de qualquer fim de semana de qualquer bar em todo o Brasil.

Nosso país apresenta um crescimento vertiginoso no número de músicos, o que torna o público cada vez mais exigente. Afinação e bom repertório já não bastam para quem toca nos bares da vida. Neste sentido, encontrar maneiras diferenciadas de mostrar o trabalho é vital para a criação de uma identidade musical.

Profissionais como EMPRESÁRIOS e PRODUTORES também brotam a todo o momento no atual mercado da música. É muito importante ficar atento.

Para começar é necessário fazer distinção entre EMPRESÁRIO e PRODUTOR ARTÍSTICO.

O primeiro traça os caminhos a serem percorridos pela carreira do artista, e o segundo é responsável pela execução destas estratégias.

Assim, o EMPRESÁRIO ARTÍSTICO é aquele profissional que vai pensar a carreira do artista, estabelecer metas, fazer aferição de resultados e refazer com freqüência seus planos. Como alguns profissionais gostam de dizer “o empresário tem que ser a mãe do artista e o produtor a babá”.

Nada melhor do que ter alguém para cuidar de todo o planejamento e se preocupar com o futuro da carreira do artista. Alguém que defina cada passo em detalhes e com finalidades bem estabelecidas, uma vez que o artista costuma se preocupar mais com o lado subjetivo da arte do que com o mundo prático dos negócios.

O EMPRESÁRIO, deve ser o intermediário entre o abstrato e o concreto, e ter uma visão mais pragmática em relação à essência sonhadora do artista. Em muitos momentos, ele precisa pegar carona na “viagem” do artista, para entendê-lo.

O principal papel do EMPRESÁRIO é guiar o percurso do artista rumo ao sucesso. Mas de nada adianta o artista chegar a um empresário sem material que possa ser comercialmente viável.

O artista precisa, pelo menos ter uma linha de trabalho, uma espécie de ideal no que se refere a sua arte, como por exemplo, a maneira como produzir e formatar seu CD, um produto que deve mostrar a cara e toda a “arte do artista” em questão.

Esse CD que para o artista representa sua OBRA, para o empresário significará simplesmente um PRODUTO.

Com a ARTE-PRODUTO nas mãos acertam-se porcentagens nos lucros com shows e royalties de execução sobre composições originais.

Em caso de shows, cerca de 50% a 20% do faturamento líquido é dividido entre artista e empresário.

Já nos ganhos com royalties de execução musical, 25% em média ficam com o empresário.

As fatias podem parecer generosas demais, mas visam recompensar aquele que vai se esforçar para elevar o nome do artista a patamares confortáveis.

Um trabalho como este pode levar anos.

Mais cedo ou mais tarde a carreira do artista vai precisar de um profissional que cuide de seu futuro. Ter um EMPRESÁRIO significa poder contar com alguém que vai arcar com obrigações extras, enquanto o artista se ocupara apenas com o sabor da criação.

Muitos artistas não têm visão empresarial. Outros até têm, mas quando atingem certo nível de suas carreiras vão precisar de alguém para cuidar dessa parte. O artista de grande porte não terá tempo hábil para dar conta de tudo.

Enquanto esse estágio não chega, é importante ir trabalhando a sedimentação do artista no seu espaço de atuação. A ordem é tocar, compor e fazer shows, de modo a formar um público.

A melhor forma de se obter um diferencial é dar uma interpretação personalizada ao seu repertório. Tentar não fazer ‘couvers’, mas sim interpretar.

Quando o público é conquistado, abre–se caminho para mostrar seu repertório próprio, bem como toda a capacidade e talento como artista, é a hora de se mostrar com mais identidade, dar a sua cara, o seu diferencial.

Sem dúvidas o palco do bar vale bastante como piloto de prova. Ali o artista pode se testar, antes de ir para o estúdio. Depois de jogar as sementes e regar a planta, é vez de desenvolver estratégias para que os frutos sejam colhidos.

È extremamente necessário para o artista saber aonde se quer chegar com sua carreira, e qual é o seu “PONTO ALVO”, uma espécie de meta a ser atingida.

Uma vez definido esses objetivos, o artista deve mostrar seu trabalho se voltando para seus pontos alvos, em outras palavras, cada apresentação ou trabalho de forma geral, deve ter uma função estratégica. Lembre-se , a sua arte é seu produto.

Na cabeça do artista devem sempre soar as seguintes perguntas:

POR QUE ESTOU ME APRESENTANDO AQUI E NÃO EM OUTRO LUGAR ???

POR QUE ESTAS PESSOAS GOSTAM DE MEU TRABALHO ???

QUAL É O MEU DIFERENCIAL EM RELAÇÃO AOS OUTROS DE MINHA ÁREA ???

EU COMPRARIA MEU CD ??

Tais questões têm a função de ÂNCORA, no dia a dia do artista. Se ele sempre se preocupar em estar respondendo pra si mesmo estas perguntas, automaticamente estará se AUTO-CONTROLANDO, para não deixar o seu PRODUTO se desvalorizar com o passar do tempo, e ainda poderá evitar o famoso efeito “subir na cabeça” onde a maioria dos talentosos, perdem o foco.

É exatamente nesse ponto , quando começa a haver uma procura maior por shows , que é a hora de procurar um EMPRESÁRIO.

É claro que o SUCESSO nunca terá uma formula pronta a ser seguida, pois onde existe o fator ser humano em jogo, muitas coisas inacreditáveis podem acontecer.

O SUCESSO pode ser, aliás, conquistado muito antes dele necessariamente chegar , já que a definição do que é ou não, fazer sucesso é inteiramente pessoal.

Prova disso é que 99 % dos artistas quando sonham com seus sucessos, se imaginam sendo reconhecidos por todos em seus bairros ou cidades de origem.

É a velha história do “PRA MIM JÁ TA BOM... POIS SOU MUNDIALMENTE CONHECIDO NA MINHA RUA”.

Na minha modesta opinião, nos dias atuais é muito importante acreditar e apostar na esperteza de cada um em ver uma oportunidade e pegá-la antes que escape.

Afinal, hoje em dia, infelizmente a arte é um negócio como outro qualquer. Se você não faz agora, outro pode fazer primeiro, e levar todos os créditos.
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