Renato Meirelles, diretor do Instituto Data Popular, especializado em dados sobre a classe C, afirmou em entrevista ao UOL que algumas marcas de luxo estão preocupadas com suas ligações com os ‘rolezeiros’.
Os jovens de periferia protagonistas de encontros que acontecem em locais públicos outrora frequentados apenas pela classe média alta.
“São marcas que historicamente foram posicionadas para a elite e o consumidor que compra exclusividade pode não estar muito feliz com essa democratização do consumo”, disse Meirelles.
O executivo não informa quais marcas o procuraram, mas afirma que algumas estão assustadas com o chamado Funk Ostentação e a repercussão disso em sua imagem.
“Algumas empresas me procuraram dizendo ‘Minha marca está virando letra de música, febre na periferia e não quero estar associado a esse pessoal’”, disseram a ele.
Mesmo depois de um levantamento do Data Popular, divulgado em janeiro, mostrar que a renda total dos jovens pertencentes a esse segmento social é de R$ 129,2 bilhões, maior do que a soma das classes A, B e D juntas, de R$ 99,9 bilhões, algumas marcas insistiram em descolar a imagem desse público.
“Enquanto outras quatro quiseram entrar”, ressalta Meirelles.
É bom lembrar que em novembro de 2013, Philip Kotler, um dos gurus do marketing, esteve no Brasil e afirmou que as marcas precisavam começar a pensar nos pobres, já que há 5 bilhões de pessoas que nunca foram “servidas” pelo marketing...
Fonte - Blog JJ
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