Até por isso, o ex-atacante decidiu brigar para virar presidente do time que transformou sua vida. Confira os planos do ex-atacante, em entrevista ao Blog do Jorge Nicola:
Qual o sentimento ao ver o São Caetano, campeão paulista e vice-campeão da Libertadores, disputar a Série A-2 do Paulista e a Série C do Brasileiro?
É muito triste. Infelizmente, aquele São Caetano vencedor, que ganhava dos grandes, acabou por culpa de quem o administra.
Você se refere ao Nairo Ferreira, que é o presidente?
Ele esteve nos dois momentos: no período de glórias e agora, no de decadência. Está na cara que é preciso implantar uma mentalidade nova. Parar de contratar jogador que só queira ficar rico às custas do clube. O cara assina contrato por três anos e se acomoda. Além disso, não existe mais a manutenção de uma base. Muda o ano e chegam 30 atletas novos.
Nairo Fereira |
Eu devo muito ao clube e acho que posso contribuir para devolvê-lo ao lugar que merece. Foi pensando assim que surgiu a ideia de virar presidente. O São Caetano está agonizando. Se não conseguir subir nessa A-2 do Paulista, o Azulão vai virar pardal.
Mas é viável virar presidente?
Estou percebendo que é muito complicado, porque quero entender como funciona o sistema para assumir, mas o acesso é difícil lá dentro. E, pelo que eu saiba, quem elege o presidente é o Conselho Deliberativo, que tem até parentes do Nairo.
Você teria experiência para atuar como presidente?
É fácil administrar o São Caetano, porque tem gente atrás que põe dinheiro. O Nairo nunca precisou sair correndo no mercado em busca de recursos. Só que o presidente precisa ter vontade de acertar nas contratações.
Adãozinho defendendo o São Caetano |
Sim, o Claudecir e o Adãozinho já me ligaram para falar que fecham comigo. Já procurei o Nairo para avisar que quero concorrer e estamos discutindo.
Quais lembranças tem do seu São Caetano?
São muitas coisas. Não dá para se esquecer dos 69 gols, que fazem de mim até hoje o maior artilheiro do clube. Das vitórias sobre os grandes. Daquele timaço com Daniel, Dininho, Sílvio Luiz, César, Anaílson…
Foram quase sete anos de Azulão, né?
Sim, em três passagens (do final de 1996 ao início de 2001, de agosto de 2002 a dezembro de 2003, e de dezembro de 2005 até 2006. Pena que a diretoria do São Caetano nunca soube reconhecer isso e não me deu sequer uma camisa ou uma plaquinha pelos serviços prestados.
O que você faz da vida hoje?
Tenho um projeto social para 120 crianças em Porto Feliz e entrei para o ramo da construção civil.
Fonte: Blog do Jorge Nicola
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