quarta-feira, 18 de setembro de 2013

DIRETO DA COSTA RICA NETO MINEIRO DECLARA: "EU GOSTARIA DE SER PRESIDENTE DA SANTACRUZENSE"


Terêncio de Oliveira Cedro Neto já passou duas vezes pela Santacruzense e pode ser considerado o grande ídolo do clube nos últimos anos.

Após conquistar o vice-campeonato da Série A3 com o Clube de Santa Cruz do Rio Pardo em 2011, o atacante que é mais conhecido como Neto Mineiro se transferiu para o futebol da América Central, mas precisamente para a Guatemala.

Foram duas temporadas no futebol Guatemalteco, e o atacante que se casou com uma Santacruzense agora enfrenta os desafios do futebol da Costa Rica.

E é diretamente de lá, do país descoberto e batizado por Cristóvão Colombo que Neto mineiro fala ao BLOG...

Em que ano e onde Neto Mineiro começou a carreira?
Comecei na base do Uberlândia, fiquei pouco tempo depois joguei no amador e fui convidado a fazer um teste no Olímpia Futebol Clube.

E você sempre foi atacante?
Sim, mas na base do Uberlândia um treinador me colocou de volante, lateral, mas depois acabou vendo que eu era mesmo atacante.


Quando o são Caetano te mandou pra Santa Cruz, em sua primeira passagem pela Santacruzense o que você sabia da cidade e do time, e quais foram suas primeiras impressões quando chegou??
Fui emprestado, me chamaram e falaram que seria bom pra eu ganhar experiência, aceitei na hora, não sabia muita coisa, fui junto com goleiro Bruno e então foi mais fácil, logo vi que era uma cidade pequena e o pessoal era apaixonado por futebol.

Historicamente tivemos vários grandes jogadores canhotos, Rivelino, Maradona e Messi são exemplos. Na sua posição Serginho Chulapa se destacou e até tinha um estilo parecido com o seu que gosta de ser referencia na área. Ser canhoto na hora do mano a mano com o zagueiro realmente ajuda o atacante?
Sim tivemos muitos grandes jogadores canhotos, quase todos craques. Eu acho que a maioria dos canhotos tem um toque diferente, batem bem na bola, e acaba ajudando sim.

Depois de duas temporadas na Guatemala e agora se transferindo para a Costa Rica, você diria que esse é o melhor momento da sua carreira?
Tive muitos bons momentos na Guatemala durante dois anos, e agora nessa nova aventura na Costa Rica jogar na Concacaf é interessante. Acho que vivo um grande momento sim, mas ainda penso que meus melhores momentos foram com a camisa da Esportiva Santacruzense.


Você atribui a que esse bom momento?
Graças as Deus as coisas estão se encaminhando.  Acho que sempre fui um jogador que trabalhei com honestidade, forte e sempre me dediquei a cada treino. Também tem a minha família que é muito importante e Deus também tem me abençoado.
  
Qual a diferença de ser jogador de futebol no Brasil e em outro país?
Jogar no Brasil é diferente. A pressão, a competitividade. Mas infelizmente a grande diferença é o calendário. No caso os contratos mais longos e melhores financeiramente.

O jogador brasileiro é mesmo visto de forma diferenciada em outros países??
Sim, você chega e todos esperam que você seja o cara que resolva o jogo, e também tem muito respeito por você.

Falando em respeito, ainda se respeita muito a seleção brasileira??
Sim, apesar de muitas coisas que nossa seleção tem passado, ainda é muito respeitada a camisa da Seleção do Brasil.

Por você estar em um país de pouca tradição no futebol e ser brasileiro, o respeito acaba sendo maior??
 Na Guatemala acho que sim, mas aqui na Costa Rica o futebol é mais evoluído, muito parecido com o do Brasil, mas mesmo assim ainda respeitam muito.


Após o acesso a A2 em 2011 pela Santacruzense você se transferiu para a Guatemala, como isso ocorreu?
Sim. Na verdade eu já tinha acertado tudo 15 dias antes do termino do campeonato, só faltava assinar o contrato. Um empresário de Londrina, chamado Helio Camargo foi quem fez o contato e deixou tudo acertado.

Em 2012 você estava na Guatemala durante o terremoto que matou mais de 50 pessoas no pais, o que lembra dessa experiência?
 Foi muito assustador, neste dia eu estava no carro com minha família. Gente correndo gritando, desesperados. A cidade ficou praticamente destruída. Uma coisa que nunca iremos esquecer.

Você que agora está nas Costa Rica, e é um dos muitos brasileiros que optam por jogar na America Central, a que você atribui a procura de jogadores de brasileiros a essa região?
Na verdade acho que a qualidade dos brasileiros é a diferença. E também se adaptam muito rápido a todos os lugares clima e costumes.


Houve um episodio, durante o campeonato da A3 em 2011 que você recebeu uma proposta de um clube da Serie A2, e mesmo sendo mais vantajosa financeiramente você acabou ficando, realmente isso aconteceu??
Sim, tive uma proposta da serie A2 e outra da A3, ambas melhores financeiramente na época, mas pensei bem, conversei com minha família e com Deus para me dar direção. No fundo algo me dizia pra ficar que conseguiríamos o acesso e o titulo naquela temporada.

Nessa mesma campanha na Santacruzense em 2011, por varias vezes vimos você voltando buscar a bola no meio campo, chegando ate a ser cogitada a sua escalação como meia de ligação por parte da imprensa e da torcida. Você fazia isso por vontade própria ou os técnicos que passaram pelo clube na época te pediam?
Sempre tive a liberdade dos treinadores, mas na verdade foi minha vontade, pois tínhamos dificuldades na criação e por ser mais velho, assumia essa responsabilidade. Acho que consegui contribuir bastante o que e deixa muito gratificado.


Pra você o técnico ganha jogo??
Sim, mas depende do técnico.

Muito se fala da defasagem de treinadores do Brasil em relação a Europeus, como são vistos os técnicos do Brasil la fora?
Na Guatemala e Costa Rica são poucos os brasileiros trabalhando, mas todos tem uma boa visão sobre eles.

Por falar em técnicos, dos quais já trabalhou quem você considera o melhor??
São épocas diferentes, mas pra mim os melhores foram Péricles Chamusca, Lelo e Javier Delgado que atualmente é meu técnico na Costa Rica.

E o pior?
Um da Guatemala. Muito ruim, mas tinha muita sorte.

Alem de capitão e ídolo da Santacruzense, você acabou se casando e constituindo família em Santa Cruz. Pelos laços e pela identificação da torcida da cidade com você, é verdade que você pensa em encerrar sua carreira jogando na Esportiva??
Sim é verdade. Todas as vezes que joguei na Santacruzense as coisas se saíram muito bem, e como você sabe tenho um cainho muito especial pelo clube e toda a cidade. Espero poder encerrar a carreira jogando na Santacruzense.


Você continua acompanhando as noticias da Santacruzense? Qual a expectativa que você tem para o time que volta a Serie A3 em 2014?
Sim, sempre que posso acompanho. Espero que o time consiga um patrocínio bom para montar um bom time e voltar pra serie A2.

Em nome da torcida da Santacruzense desejo a você muita sorte agora na Costa Rica.
Muito obrigado a você pela oportunidade e eu gostaria de desejar a todos os torcedores muitas felicidades e que continuem apoiando o time nos momentos bons e ruins, pois a torcida da Santacruzense joga junto e ajuda demais os jogadores. Pra finalizar digo a todos que Neto Mineiro ainda volta...


E já que deseja encerrar a carreira com a camisa da Esportiva será que Neto Mineiro gostaria de um dia ser Presidente da Santacruzense?
Sim. Gostaria.É uma missão complicada, pois sempre falta apoio e patrocínio, mas acho que a gente que tá no meio do futebol conhece muita gente e de repente pode ajudar. Mas é sonho e ainda falta muito...

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