Hoje, dia 06 de Agosto é aniversário de uma das grandes
cabeças pensantes da Mídia Brasileira...
Milton Neves completa hoje 62 anos de idade...
E sendo um de seus vários admiradores, tomo a liberdade de
postar o texto escrito pelo jornalista Vitor Guedes e publicado no Jornal Agora São Paulo no ultimo final de
semana.
“Nada de come-quieto.
Há 62 anos, Milton
Neves berra que é mineiro.
Voz grave. Sotaque.
Claque. Pioneiro.
Vendedor de emoções.
A garganta é sua usina
de fazer dinheiro.
Provoca afeições.
Merchan com afã,
respeito com fã.
Publicitário,
jornalista diplomado, comunicador apaixonado.
Dedicado.
Dedicado.
Natural de Minas, com
Lenice produziu três meninos, Netto, Rafael e Fábio, todos são-paulinos.
Machos.
Cabeça privilegiada.
Armazena causos sob os
grisalhos cachos.
Memória, afetiva,
iluminada.
Cérebro gigante
pré-gigabyte.
Criou slogans.
Consolidou formatos.
Prelúdio, Pelé do
estúdio.
Cabeça que formou
sentença.
Pai do pós-jogo,
batizou de pai do gol José Silvério.
Contagiante, segui-lo
é quase uma doença. Contagiosa.
Para o alvinegro
emotivo, nada é mais bonito.
Alegria, pranto,
pessoal verde e branco também vê encanto.
Faz parte do domingo.
Para os tricolores, admirá-lo é uma grande moleza.
Para os tricolores, admirá-lo é uma grande moleza.
Bingo. Escracho com
leveza.
Rádio ou Jornal, TV ou
portal, tudo ao seu tempo.
Turno e returno. Em três turnos.
Primeiro, segundo,
terceiro tempo.
Milton Neves não é
santo.
Plural, é Santos.
O seu primeiro amor.
Atleticano,
anticorinthiano.
Empresário,
pecuarista, cafeicultor, escrivão...
Miltão, no fundo, é
autor, ator.
Quem fim levou?
Jornalista que virou,
é noticia.
Não noticia,
interpreta a alma do futebolista.
Fernando Pessoa te heterônimos,
Milton Neves, legião de fãs anônimos.
Alberto Caeiro é gênio.
“O Tejo é mais belo
que o rio que corre pela minha aldeia, mas o Tejo não é mais belo que o rio que
corre pela minha aldeia porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.”
Milton é mundano. Lúdico.
Genial é enriquecer
sem perder a raiz, jamais.
Guevara caipira,
anunciante pira.
Revolucionou a
comunicação sem deixar de fazer parte do sistema.
Nem manjar de trema.
Cidadão do mundo, o
grande titulo de Miltão é ser a mesma pessoa que conheceu o mundo pelo radinho,
em Muzambinho.
A gratidão é a maior
virtude do homem e base de todas as outras.
Na terra, plantou
sonhos, ver o Santos, conhecer Pelé.
Fé. Quem não tem morre
pagão.
O futebol o fez
conhecer a Terra.
O menino ouvinte pulou
o balcão.
Com o microfone, o
Pelé do pós-jogo bate um bolão.
É odiado, invejado,
mas também verdadeiramente amado.
Especialmente pelos
craques do passado.
Seu maior presente.
Lembrança.
Sempre lembrado.
Milton vive no coração
de quem fez a historia.
E também de quem cultiva
a memória.”
VITOR GUEDES
(Jornalista, equilibrado e pai do Basílio)