terça-feira, 6 de agosto de 2013

“A GRATIDÃO É A MAIOR VIRTUDE DO HOMEM E BASE DE TODAS AS OUTRAS” ... PARABÉNS MILTON NEVES !!!


Hoje, dia 06 de Agosto é aniversário de uma das grandes cabeças pensantes da Mídia Brasileira...

Milton Neves completa hoje 62 anos de idade...

E sendo um de seus vários admiradores, tomo a liberdade de postar o texto escrito pelo jornalista Vitor Guedes e publicado no Jornal Agora São Paulo no ultimo final de semana.

“Nada de come-quieto.
Há 62 anos, Milton Neves berra que é mineiro.
Voz grave. Sotaque. Claque. Pioneiro.
Vendedor de emoções.

A garganta é sua usina de fazer dinheiro.
Provoca afeições.
Merchan com afã, respeito com fã.
Publicitário, jornalista diplomado, comunicador apaixonado. 
Dedicado.
Natural de Minas, com Lenice produziu três meninos, Netto, Rafael e Fábio, todos são-paulinos. Machos.

Cabeça privilegiada.
Armazena causos sob os grisalhos cachos.
Memória, afetiva, iluminada.
Cérebro gigante pré-gigabyte.
Criou slogans.
Consolidou formatos.

Prelúdio, Pelé do estúdio.
Cabeça que formou sentença.
Pai do pós-jogo, batizou de pai do gol José Silvério.
Contagiante, segui-lo é quase uma doença. Contagiosa.
Para o alvinegro emotivo, nada é mais bonito.
Alegria, pranto, pessoal verde e branco também vê encanto.

Faz parte do domingo.
Para os tricolores, admirá-lo é uma grande moleza.
Bingo. Escracho com leveza.
Rádio ou Jornal, TV ou portal, tudo ao seu tempo.
Turno e returno. Em três turnos.

Primeiro, segundo, terceiro tempo.
Milton Neves não é santo.
Plural, é Santos.
O seu primeiro amor.
Atleticano, anticorinthiano.

Empresário, pecuarista, cafeicultor, escrivão...
Miltão, no fundo, é autor, ator.
Quem fim levou?
Jornalista que virou, é noticia.
Não noticia, interpreta a alma do futebolista.

Fernando Pessoa te heterônimos, Milton Neves, legião de fãs anônimos.
Alberto Caeiro é gênio.
“O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia, mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.”

Milton é mundano. Lúdico.
Genial é enriquecer sem perder a raiz, jamais.
Guevara caipira, anunciante pira.
Revolucionou a comunicação sem deixar de fazer parte do sistema.
Nem manjar de trema.

Cidadão do mundo, o grande titulo de Miltão é ser a mesma pessoa que conheceu o mundo pelo radinho, em Muzambinho.
A gratidão é a maior virtude do homem e base de todas as outras.
Na terra, plantou sonhos, ver o Santos, conhecer Pelé.
Fé. Quem não tem morre pagão.

O futebol o fez conhecer a Terra.
O menino ouvinte pulou o balcão.
Com o microfone, o Pelé do pós-jogo bate um bolão.
É odiado, invejado, mas também verdadeiramente amado.
Especialmente pelos craques do passado.

Seu maior presente. Lembrança.
Sempre lembrado.
Milton vive no coração de quem fez a historia.
E também de quem cultiva a memória.”

VITOR GUEDES 
(Jornalista, equilibrado e pai do Basílio)

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