Continuo pensando que é bom treinador.
Nos seus treinamentos gosta muito de dar ênfase a parte tática de suas equipes, pede pra que elas agridam o adversário, e joguem sempre buscando o gol.
O problema de Adilson é a vontade incontrolável de inventar.
De tão fanático pela parte tática de seus times, Adilson é do tipo que acha que um jogador pode exercer várias funções dentro de um mesmo jogo apenas com um pedido dele.
Exemplo:
Um jogador rápido que saiba conduzir a bola e tenha bom fôlego pode jogar como lateral em seu time e ponto.
Tudo depende do que estiver passando na cabeça de Adilson naquele momento.
Pouco importa se o jogador nunca jogou (e nunca quis jogar) na posição.
Adilson vê o jogo, olha para o banco e simplesmente pede para que o jogador entre e faça o que ele pediu.
Seja lá o que for.
São raros os casos de jogadores “consagrados” que mudam de função o gramado e conseguem manter um bom futebol.
Adilson abusou no Corinthians.
Moacir, Edu e sua maior aposta: Thiago Heleno, foram seus grandes erros.
O técnico cavou sua cova quando não quis escalar o jovem Dodô no lugar do cansado Roberto Carlos.
O jogador é muito valorizado nas categorias de base, e deve ser vendido em breve para a Europa.
O problema é que Adilson não quis o escalar.
Preferiu inventar Leandro Castán na posição.
Como valorizar um jogador que não joga ??
O zagueiro Paulo André foi outro jogador que foi barrado sem ninguém entender o motivo.
Adilson perdeu sua grande chance de conquistar o título que lhe falta para se firmar entre os grandes técnicos do Brasil.
Resta agora ao Corinthians trazer um “professor” capaz de absorver a iminente crise, e classificar esse time para a Libertadores 2011.
Ficar fora do torneio nem passa pela cabeça de Andrés.
O presidente sabe o que prometeu a torcida e aos seus patrocinadores para 2011.
A competição sul-americana deverá ser o último torneio profissional da carreira de Ronaldo.
Com medo da torcida e da possível volta do “velho Corinthians” (o do esterno barril de pólvora), Andrés “solicitou” a saída de Adilson Batista.
O papo de “Eu achei melhor sair” foi apenas uma estratégia para não manchar a promissora carreira do técnico precocemente demitido do Corinthians.
Adilson vai, mas a crise fica.