segunda-feira, 21 de julho de 2014

O QUE DUNGA ACHOU DOS 7X1? E O QUE PENSA SOBRE O FUTURO DA SELEÇÃO BRASILEIRA? POUCOS SABEM, MAS ELE JÁ FALOU SOBRE ESSES ASSUNTOS A POUCOS DIAS...


Carlos Caetano Bledorn Verri, ou apenas Dunga, está de volta ao comando da Seleção Brasileira.

O ex volante será apresentado nesta terça-feira na sede da CBF, pelo presidente José Maria Marin, na Barra da Tijuca.

Depois de sofrer muito pela maneira que se relacionou com a Imprensa durante a Copa de 2010 na África do Sul o técnico volta a Seleção tendo no currículo o título da Copa América de 2007, e Copa das Confederações de 2009.

Terminou em primeiro nas Eliminatórias para a Copa de 2010 com direito a goleada sobre o Uruguai por 4 x 0 no Estádio Centenário, em Montevidéu.

Outro feito do time montado por ele foi a vitoria frente a Argentina por 3 x 1, com Messi em campo, na cidade dele, Rosário.


Claro que teve também insucessos como os Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.

Depois da demissão da seleção Dunga só voltaria a trabalhar como técnico 3 anos depois quando comandou o Inter de Porto Alegre de onde também saiu demitido com uma campanha fraca no Campeonato Brasileiro.

Durante a Copa do Mundo, o agora técnico da Seleção deu entrevistas  para o jornal Espanhol Marca, e também para o site da Fifa.

Questionado pela Fifa sobre o futuro da Seleção na Copa de 2018 depois do vexame por 7 x 1 diante da Alemanha, Dunga respondeu: 

“Vai depender da continuidade e do rendimento que alguns destes jogadores terão. Eles precisam entender que vai haver a crítica e que isso é preciso ser superado. Porque as gerações se criam durante os momentos de dificuldades. Como uma Copa é uma competição curta, sem tempo de recuperação, estes jogadores precisam ser maduros, assimilar o golpe e reagir. Se isso acontecer, acredito que muitos deles tenham tudo para permanecer”.


Perguntado, ainda, sobre o legado da Copa de 2014 para o futebol, Dunga falou: 

“Veja, não é porque usamos três ou quatro jogadores na frente que teremos obrigatoriamente um time ofensivo. Podemos ter um ou nenhum jogador, e ainda chegar com quatro ou cinco no ataque. São paradigmas que estão sendo quebrados durante a Copa. A única seleção que jogava com três à frente e pressionava o tempo todo era o Chile, mas isso pelas características de seus jogadores. 

Eles sabiam que, defensivamente, não tinham estrutura física para suportar o choque, então reagiam atacando. No geral, acho que a tendência é ter mais jogadores ofensivos e rápidos, que jogam no erro do adversário. Saíram muitos gols na Copa porque os atacantes estão cada vez mais eficientes e móveis em campo. 

E nesse sistema de hoje, com todo mundo marcando junto, voltando atrás do meio de campo para fechar os espaços e atrair o adversário – e, aí, sair com velocidade após a recuperação –, traz bons resultados. O jogo em geral fica mais dinâmico”.


Dunga também analisou para a Fifa a goleada alemã por 7 x 1. 

“Acho que a Alemanha fez o que o Brasil fazia há muito tempo: montou um triângulo num lado do campo e depois passou a mudar o jogo, com passes de 40, 50 metros. E a vantagem é que ela tinha o jogador ideal do lado oposto, que era o (Thomas) Müller, com velocidade e qualidade para dar sequência. 

É até delicado falar que eles não fizeram nada de anormal ou de excepcional. Mas eles fizeram, sim, porque isso é simplesmente o que todo time sonha em fazer. A Alemanha jogou em bloco, teve aproximação, profundidade, velocidade e soube se defender nos momentos certos. 

Ao mesmo tempo, se a gente reparar nos gols, os brasileiros estavam sempre em superioridade de marcação - mas a quatro ou cinco metros de distância. E, hoje em dia, quando é preciso jogar de forma bem compacta, dar esse espaço pode ser fatal”.


No bate-papo de Dunga com o diário espanhol Marca, publicado em 3 de julho, deu pra notar a visão dele sobre o Neymar do Barcelona e o Neymar do futebol brasileiro. 

“Há diferenças. A característica do Neymar é o drible, ir para dentro do adversário, e a do Barcelona é tocar, tocar e tocar a bola. Então, o Neymar tocando a bola no Barcelona é um jogador comum.
Quando está com a Seleção, tem liberdade e exibe toda a criatividade que ele tem, parte para cima, se move por todo o campo. 

Eu creio que na próxima temporada as coisas vão se encaixar com normalidade. O Barcelona tem que mudar o seu estilo de jogo porque dificilmente vai ter novamente uma geração tão espetacular como a que ganhou tudo. Eu creio que a mudança de estilo vai beneficiar o Neymar”.

A pergunta que fica é:

Será que a versão 2014 de Dunga será melhor que a 2010?? 

                           
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