Uma carta do presidente do Barcelona, Sandro Rosell, ao
Santos, anexada em ação movida pela DIS e divulgada pelo Blog do Milton Neves,
aumentou o imbróglio jurídico envolvendo a transferência do atacante para o
clube espanhol.
O documento divulgado confirma na Justiça brasileira a
versão espanhola de que 57 milhões de euros foram usados para “outros
pagamentos com os quais o FC Barcelona teve que arcar visando resolver acordos
anteriores com outras partes.”
“O FC Barcelona não poderia mais cumprir ou executar esses
acordos em consequência do contrato de transferência assinado com o Santos FC,
de modo que os acordos tiveram que ser acertados pelo FC Barcelona”.
A DIS, que também é dona de parte dos direito de Neymar, devera
tentar na Justiça receber os documentos referentes a esses acordos.
A suspeita é que o jogador que estava sob contrato com o
Santos haveria assinado uma espécie de pré-contrato com o Barcelona, a prática
é proibida pela FIFA.
O staff de Neymar nega que tenha feito negociação anterior à
venda efetuada pelo Santos.
A DIS, que detinha 40% dos direitos do jogador, não acredita
que sua parte são apenas os 17 milhões de euros dados ao Santos.
Já o Barcelona afirma que dentro dos 57 milhões de euros
estão comissões para empresários, gastos para monitorar o atacante durante anos
e até despesas com a apresentação do atleta.
Entenda a transação:
Em 2009, Neymar, então atleta da base do Santos negocia novo
contrato com o clube, sob intermediação da DIS, que fica com 40% dos direitos
do jogador. Por esta "fatia" no passe do atleta, paga R$ 5 milhões.
Em 2011, movida por rumores de que Neymar teria firmado um
pré-contrato com o Barcelona, a DIS envia uma carta ao clube catalão
perguntando se eram verídicos os boatos. O clube nega.
Em maio de 2013, Neymar é vendido pelo Santos ao Barcelona
por 57 milhões de euros. E o clube confirma que havia um pré-contrato no valor
de 10 milhões de euros.
Em junho de 2013, a DIS, que por contrato com o Santos e com
Neymar deveria receber 40% do valor total da venda, entra na Justiça.
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