quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O VALOR DO SABER

Nos últimos dias um assunto que tem rendido muito entre eu e meus amigos , bem como todas as várias pessoas que fazem parte do meu dia a dia , diz respeito a pergunta:

"QUANTO VALE A PENA NA VIDA , O APRENDIZADO O PREPARO E A QUALIFICAÇÃO (seja ela profissional ou simplesmente pessoal), NUMA SOCIEDADE QUE NÃO TEM A MENOR CONSIDERAÇÃO POR TAIS PRECEITOS ?"

Traduzindo ... "PRA QUE ESTUDAR , SE PREPARAR E SE DEDICAR ... SE NO FINAL NINGUÉM NUNCA PEDE PRA VER O SEU DIPLOMA ... E O QUE SE LEVA EM CONTA, É O QUE VOCÊ PARECE SER ... NÃO O QUE VOCÊ REALMENTE É "

Para ilustrar e explicar um pouco do que acho sobre esse assunto , aqui vai uma história.


"Um navio carregado de ouro, revestido de todo o cuidado e segurança atravessava o oceano quando, de repente, o motor enguiçou".

Imediatamente, o comandante mandou chamar o seu auxiliar direto que conhecia todos os moradores da cidade onde se encontrva o porto mais próximo. O auxiliar respondeu prontamente que conhecia um homem que trabalhava como técnico e sabia tudo de navios, e morava naquela cidade , segundo ele , se tratava de um homem de grande empatia com todos , falador , que era muito conhecido pela inúmeras piadas que sempre gostava de contar. Não era bem um especialista , mas sempre dava jeito nas embarcações.

Diante das informações, e muito preocupado com seu navio, o comandante então pediu que trouxessem o técnico o mais rápido possível

O técnico chegou de helicóptero, trabalhou durante uma semana, se esforçou muito, porém sem
resultados concretos.

Mais ainda preocupado com seu navio e com toda aquela carga (eu tb ficaria rsrs), O comandante então mandou que seu encarrgado achasse alguém que entedesse realmente do assunto , já que o simpático técnico não conseguiu dar jeito no problema.

O auxiliar pensou , e se lembrou de outro conhecido, um outro homem que também era muito bem visto na comunidade , ele era engenheiro e andava sempre bem vestido , esse homem fazia muito sucesso também com as mulheres da cidade , as quais ele adorava se auto-intitular como "O MELHOR DE TODOS OS ENGENHEIROS NAVAIS" dali , ele gostava de dizer que toda sua capacidade e inteligência eram uma benção que Deus havia lhe dado, e que tudo que fazia dava certo sempre pela maneira "humilde" que vivia e enxergava sua vida.

O engenheiro trabalhou três dias inteiros, sem descanso, mas o defeito continuava vencendo, nada
conseguiu. O navio continuava enguiçado.

Com toda aquela situação o comandante já começava a perder a fé nos conhecimentos de seu auxiliar , será que ninguém seria capaz de resolver o problema do navio naquela cidade ?? Será que o defeito era um defeito raro, que poderia não fazer parte dos manuais dos "melhores" técnicos e engenheiros , que ali haviam ??

O comandante convocou uma reunião para ouvir sugestões de toda a tripulação , já que seu homem de maior confiança não havia conseguido sanar seu problema.

Todos já sentiam que o defeito do navio perduraria por muito tempo , e já pensavam em alguma forma de retirar toda aquela carga valiosa do meio do oceano, quando um humilde faxineiro , que havia morado por algum tempo naquela cidade pediu a palavra , todos nas sala se olharam espantados , quem era aquele homem e o que ele tinha pra falar ??

O comandante arregalhou os olhos e pediu para que o homem falasse logo se tinha alguma idéia que desse solução a tudo aquilo.

O homem então disse que nenhum daqueles que por ali haviam passado , nem o técnico simpático nem o engenheiro bonitão eram realmente bons no que faziam, aliás , segundo o homem, os dois não tinham preparo suficiente, pois só haviam concertado na vida toda os pequenos barcos que por ali existiam , e por isso tinham essa fama de "bons de serviço"

O faxineiro afirmou que o grande especialista era um outro homem que já vivia a muito tempo naquela cidade.Um homem que fora o primeiro a consertar navios , e que era o único que era capaz de construir sozinho outros barcos e motores como o daquele navio com defeito.

O faxineiro também contou que o simpático e engraçado técnico (o primeiro a tentar consertar o navio) havia sido aluno também sócio desse homem, só que eles haviam se deentendido principalmente pelo "simpático" não concordar com a maneira como ele era cobrado todo dia para estudar e se dedicar ao aprendizado, pelo outro homem , pois pensava consigo mesmo que não era necessário saber muito para consertar os barquinhos que existiam por ali .

Ouvindo aquilo o comandante olhou pra cara de seu auxiliar e quis saber por que então ele não havia sido chamado primeiro que os outros dois, já que era sem dúvida o mais preparado e indicado de todos para solucionar o problema do navio, será que seu auxiliar não o conhecia ??

O auxiliar respondeu que conhecia sim esse homem , mas não quis chamá-lo , pois ele tinha fama de anti-pático e metido , poucos naquela cidade gostavam dele ... ele não era de contar piadas .. e também não tinha fama com as mulheres ... era avesso a badalações .. e nem gostava de dizer que entendia alguma coisa de navios , preferia que as outras pessoas o avaliassem pelo seu trabalho, que era apenas construir e consertar barcos.Ver as pessoas utilizando seus navios era o seu único prazer.

Sem alternativas para seu problema o comandante pediu que fosse chamado então esse "anti-pático" especialista.

Apenas alguns minutos depois do chamado um homem num barco pequeno, com motor barulhento desmbarcou no navio enguiçado.

Ele chegou, olhou detidamente a casa das máquinas, escutou o barulho do vapor, apalpou a tubulação e, abrindo a sua valise, retirou um pequeno martelo.

Deu uma martelada em uma válvula vermelha (que estava emperrada) e guardou o martelo de volta na valise.
Mandou ligar o motor e este funcionou perfeitamente na primeira tentativa.

Todos ficaram boquiabertos ... ele havia resolvido o problema em menos de um minuto !!!

Dias depois, chegaram às contas ao escritório da empresa de navegação.

Por uma semana de trabalho, o técnico simpático cobrou US$ 700,00.

O engenheiro naval bonitão cobrou, por três dias de trabalho, US$ 900,00.

Já o anti-pático especialista, o homem que resolveu o problema , por sua vez, cobrou US$ 10,000.00 pelo serviço.

Atônito com esta última conta, o Diretor Financeiro da empresa que era dona do navio enviou um telegrama ao especialista, perguntando:

"Como você chegou a esse valor de US$ 10,000.00, por cerca de 1 minuto de trabalho e uma única martelada ?".

O especialista, então, enviou as seguintes especificações, no cálculo dos seus honorários profissionais à empresa :

- Por dar uma martelada........................................ US$ 1.00

- Por saber exatamente onde bater o martelo....... US$ 9.999,00


MORAL DA HISTÓRIA:

Na vida , NADA é mais IMPORTANTE do que o PREPARO e o ESTUDO , pois NÃO DÁ PRA SER NADA NEM NIGUÉM SEM ELES, até mesmo aqueles que se consideram os melhores , ou abençoados com um dom especial , eles NUNCA serão NADA se não possuírem o CONHECIMENTO.

Devemos avaliar as pessoas pelo que elas REALMETE SÃO , e não pelo que APARENTAM e os outros ou até mesmo elas próprias DIZEM SER.

E acima de tudo , o que vale na prática , NÃO É DAR A MARTELADA , MAS SABER ONDE BATER.
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