sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A LIÇÃO DO CORAÇÃO VALENTE


Nasceu no dia da mentira, 1º de abril de 1975.

Com nome da capital norte-americana, veio ao mundo na nossa capital.

Ficou conhecido como “Coração Valente”.

Jogador de pouca técnica.

Estilo trombador.

Já o chamaram até de cone...

Um homem que superou sérios problemas cardíacos, por amor a sua profissão.

Pelo amor que sempre teve em ver suas vocação de fazer gols.

Foi destaque como goleador em todas as equipes que defendeu.

Do Rio Grande do Sul ao Japão.

Passando inclusive pela Seleção Brasileira.

No auge da carreira, quando jogava no rico futebol turco, foi diagnosticado um problema no coração.

O argentino Constantino Constantini, seu médico e grande amigo o salvou do pior.

O doutor bancou que o jogador poderia atuar normalmente no futebol se fosse tratado.

O artilheiro então se agarrou na esperança de voltar a jogar, e começou seu treinamento.

O rubro-negro de Curitiba o acolheu, acreditou na capacidade e na perseverança desse grande guerreiro que sempre lutou nos gramados.

E a aposta do Furacão deu certo.

O Coração Valente se tornou ídolo para os torcedores do Atlético Paranaense.

Artilheiro do Campeonato Brasileiro de 2004 com 34 gols marcados.

Por pouco não levantou também o título.

Foi atuar nas terras do oriente, onde também deixou sua marca.

Em 2008, o retorno ao Brasil para defender o Fluminense.

Mais um feliz casamento com a torcida.

Com o time das laranjeiras chegou a final da Libertadores daquele ano, com direito a marcar um gol na semifinal contra o todo poderoso São Paulo no último minuto de jogo.

Mas uma vez não foi campeão, seu Flu parou na LDU, mas o jogador seria ainda naquele ano artilheiro mais uma vez do Brasileiro.

Em 2009, o Coração Valente trocou de tricolor, era a vez de atuar no Tricolor do Morumbi.

Onde também, ao seu estilo, marcou seus gols...

De cabeça... de chapa... de coxa... de barriga... de canela... ele sempre conheceu muito bem o caminho das redes.

Veio 2010, e um retorno as laranjeiras.

Com a idade aumentando, não foi titular absoluto, mas participou das principais partidas da histórica equipe de Muricy Ramalho, um grande amigo que sempre apostou nesse jogador.

Muitas foram as críticas...

Afinal ele nunca foi um craque.

Mas a sua garra e sua dedicação nunca faltaram... assim como seus gols decisivos.

Perdendo ou ganhando ele sempre foi um guerreiro.

Com o coração baleado... com a diabetes atacando...

Nunca faltou a um dia de trabalho.

Um profissional exemplar.

Um menino com tamanho e responsabilidades de homem.

Com 35 anos de idade, e após percorrer a longa batalha de sua vida, Washington deixa o futebol, como o maior artilheiro de uma só edição do Campeonato Brasileiro, e como um dos maiores goleadores da história da competição.

Que Deus abençoe você Washington, e muito obrigado pela grande lição que deu a todos nós !!
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